AUTISMO: EDUCAÇÃO DE CASA A ESCOLA
AUTORA: Silvana da Silva Cunico Ferreira Garcia
ORIENTADOR: Jaison Gonçalves. Leite
RESUMO
Este artigo tem como objetivo mostrar as dificuldades enfrentadas pelos alunos autistas no processo de ensino aprendizagem, e como o profissional da educação reage diante de uma situação dessa, o quanto se deixa a desejar por falta de conhecimento sobre o autismo e o impacto que este problema pode causar na aprendizagem da criança.
Palavras Chave: Dificuldades. Ensino. Aprendizagem. Criança.
INTRODUÇÃO
O presente artigo visa demonstrar que o autismo é o causador de diversos distúrbios em relação a interação do indivíduo portador com o meio social, “os indivíduos com TEA apresentam alterações na estrutura e no funcionamento do cérebro, bem como déficit significativo em habilidades sociocognitivas, prejuízos no reconhecimento, entendimento e compartilhamento de suas emoções com os outros” (Carlo Schmidt, 2014, p, 132). Esses distúrbios são fáceis de notar nos primeiros anos de vida, gerando preocupações para os pais, “as preocupações crescem (e muito) a partir dos 2 anos, fase em que outras crianças já conseguem formar frases completas, enquanto seus “pequenos” nem parecem ouvir quando são chamados.” (BARBOSA, 2012, p. 30).
Perante a este tipo de situação, ocorre a necessidade de um melhor preparo do educador para que possa receber esta criança, fazendo com que a mesma se adeque a rotina escolar, tornando melhor a sua aprendizagem e encaminhando-a a um psicopedagogo para dar continuidade no diagnostico, envolvendo todos os profissionais da saúde e da educação com a família da criança portadora do autismo, promovendo para as mesmas a educação inclusiva.
Os métodos utilizados para a construção deste artigo teve como base observação de crianças do Espectro Autista em uma escola do município, diálogo e relatos de professores quem possuem contato direto com esse tipo de criança e fundamentado em alguns estudos bibliográficos nas obras de Ulisses Costa, Ana Beatriz Barbosa, Mayra Bonifácio Gaiato e Leandro Thadeu Reveles, Carlo Schmidt e Eugênio Cunha.
A partir disso, fica claro a necessidade de mostrar ao educador algumas diferentes formas de identificar o autismo através das características exibidas por tal transtorno mental e que é possível trabalhar com essa criança de modo que aumente seu repertorio mental.
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DEFINIÇÃO DE AUTISMO
“Autismo” S.M PSIQ. doenças que levam o indivíduo a alhear-se do mundo exterior, ensimesmando-se, e a criar como que o mundo próprio para si mesmo (Rios 2010, pg.56).
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A BATALHA A CONQUISTA DO AUTISTA
Quando se fala de autismo passa muitos relances por nossas cabeças, como crianças incapazes de relacionar-se com o meio social, de pensar, de possuir qualquer tipo habilidade, entre outras coisas. Portanto, para pais e profissionais que lidam constantemente com esse tipo de pessoa sabem que são especiais e capazes de conquistar seus objetos mesmo tendo suas limitações e sempre com seu potencial em desenvolvimento, ambos também possuem uma visão ampla e diferenciada em relação ao portador do espectro autista no ambiente social e escolar.
Devido as discriminações e as dificuldades que os pais enfrentaram no dia a dia para que seus filhos autismo obtivessem seus direitos de educação escolar, finalmente a aprovação da lei n°12.764, de 27 de dezembro de 2012, que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, conhecida como lei Berenice Piana.
A conquista dessa lei fez com que o autismo despertasse a necessidade de uma busca para os profissionais da educação lidar com esse tipo de pessoa e a obrigatoriedade de incluir na sociedade em geral, uma vez que estes tipos de distúrbio não os deixam incapazes de exercer qualquer tipo de atividade escolar e no mercado de trabalho.
De acordo com Eugenio Cunha (2015), ainda não há descobertas do que vem causar o autismo, apenas se tem conhecimento do grau de seriedade do mesmo, do mais leve – de fácil desenvolvimento – ao mais complicado – que necessita de atenção redobrada e atividades mais elaboradas. Por mais alto que seja o grau de autismo, pode-se torna-lo quase imperceptível, desde que haja sempre uma boa colaboração entre casa – pais, avós, tios, etc. – e escola-professores, coordenadores, etc.
Para uma criança portadora do Espectro Autista deve sempre implantar uma rotina diferenciada, pois se o mesmo se adaptar a uma só rotina, sofrera demasiadamente se por ventura vir a ocorrer um imprevisto, podendo assim torna-la um ser totalmente agressivo vindo perder todo o trabalho de socialização sobre a criança.
Inicialmente, o professor devera conhecer seus alunos em geral, através de observações durante as aulas poderá constar se alguma criança apresenta dificuldades, sendo assim, cabe ao professor redobrar sua atenção para com esse aluno, se as dificuldades permanecerem cabe ao professor e a direção da escola juntamente com os pais da criança buscarem ajuda com um profissional da saúde para se ter um diagnóstico preciso para a verificação de alguma anomalia intelectual, e tornando para a criança o seu desempenho através de elaboração de atividades mais criativas a fim de permitir que ele melhore seu desempenho dentro de seus próprios limites, testando sua habilidade e ajudando ele auto inserir-se no meio sócio cultural.
Na percepção dos profissionais, quando diagnosticado o autismo em uma criança os mesmo procuram descobrir a gravidade do problema, o qual o medica dirá com o prognostico em mãos o grau de elevação do paciente em questão. Muitas vezes os médicos nem diagnostica como sendo autismo, pois são pequenos relapsos que muitas das vezes não é perceptível ao olhar clinico. Conforme vai aumentando o grau do autismo os profissionais prescreve/descreve o tratamento de acordo com as necessidades dos pacientes, chegando a ponto de tomar remédio controlado.
Ulisses Costa (2013) apresenta, em seu livro a sua história de vida sobre seu filho autista, relata que quando Rafael nasceu era um menino grande medindo 54cm e pesava 3.920kg bem corado porem guloso só chorava quando sentia fome. No início se mostrava interessado por tudo um pouco molengo ao ser pego no colo, sentou se aos seis meses, gostava de coisas barulhentas, a televisão o fascinava, não engatinhou só se arrastou, começou a andar entre os nove/dez meses. Com um ano de idade corria por toda a casa era muito elétrico, então ao completar um ano e dois meses nasceu Maria Clara e Rafael não parecia notar a presença de sua irmã. Ao completar um ano e seis meses Rafael começou a falar algumas palavras como “amém, bobo e bola”, mas de repente não falou mais e naquele instante os pais acharam normal, pois havia relatos na família que quando um irmão mais novo nascia os mais velhos parava de falar. Com a idade aproximadamente de dois anos Rafael, apresentou uma forte diarreia que foi difícil ser diagnosticada seguida de uma dor de ouvido, mas o pediatra afirmou que Rafael gozava de muita saúde e ambos foram difícil de ser curado.
Alguns meses depois colocaram Rafael, em uma escolinha para que interagisse com outras crianças e voltasse a falar, mas não mostrou interesse, então fomos orientados por uma psicopedagoga da escola que procurássemos um profissional especializado, pois ele só queria ficar sozinho no cantinho do sono. Houve várias mudanças no comportamento, parou de falar por completo, passou a fazer só grunhidos e barulhinhos, acordava no meio da noite chorando sem motivo, alternava momentos hora correndo, hora parado sem se importar com nada, começou a andar nas pontas dos pés e a fazer movimentos repetitivos dos membros inferiores e superiores.
Ulisses e a esposa não podiam esperar mais pediram ao pediatra vários exames como: audiometria, tomografia, cariótipo/problema genético, eletro encefalograma e IgE exame para alergia alguns exames deram normal menos o de encefalograma, que indicou ondas eletromagnéticas imaturas no hemisfério esquerdo do cérebro e com esse resultado em mãos, Rafael foi encaminhado para um neuropediatra e um psiquiatra onde começou o tratamento e descobriram que era autista isso resultou em uma busca constante dos pais, pois só havia tratamento particular e de valor elevado. A partir de então começaram uma luta pelos direitos de tratamento público para seu filho e juntamente com outras famílias que passavam pelos mesmos problemas e não tinha condição de pagar.
A inclusão de Rafael na escola foi outro problema porque algumas delas não aceitavam autista em seu âmbito escolar, porem as escolas que frequentou sofreu muito preconceito pelos colegas de sala de aula. Para aumentar a sua concentração fez aula de teclado e a do Método Kumon de matemática que é um método japonês. Essas atitudes dos pais tiveram grande valia no desenvolvimento e na vida social dessa criança.
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ESTUDO DE CASO:
Um dos grandes problemas que encontramos em alguns casos é quando as famílias não aceita que a criança seja portadora do autismo, isso dificulta a busca pelo diagnóstico preciso, pois sem um laudo em mãos as escolas ficam impossibilitadas de agir.
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MEU FILHO NÃO É UM “AUTISTA”
Aqui relato a convivência com uma criança autista onde os pais não aceita. Durante o ano de 2013, onde trabalhava de auxiliar da professora (L) em turma de maternal II em um CEMEIS, no segundo semestre do ano veio para nossa sala um menino/aluno sem um diagnóstico, mas com vários sintomas do autismo que levou a equipe pedagógica do CEMEIS a buscar ajuda com psicólogo e fonoaudióloga, sendo primeiro com uma observação dentro da sala de aula, e uma conversa com os pais a fim de encaminhar para os profissionais legais para se ter um diagnóstico preciso.
Os pais do aluno (X) não aceitavam que o mesmo tinha algum problema, diziam que o que estava ocorrendo era que há dois anos devido ao nascimento de sua segunda filha o mesmo regrediu.
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COMPORTAMENTO DO ALUNO AUTISTA DENTRO DA SALA DE AULA
ALUNO “X”
Estatura grande, uma criança de 04 (quatro) anos. Quando começou a estudar era um menino forte, porém não para dentro da sala de aula, não se concentrava nas atividades, gritava muito, tudo que achava de pequeno colocava na boca como os enfeites da sala feitos com E.V. A. papel higiênico, e outros papeis picados para fazer trabalhinhos de colagem, etc. gostava muito de comer terra/areia tinha que ficar ao lado dele todo o tempo devido a esse motivo. É uma criança que não se socializa com as outras crianças. No começo quando chegou queria apenas a assistir a um DVD do Mickey Mouse o único que mantinha sentada por alguns instantes, pois outros filmes não lhe chamava atenção até que um dia a professora “L” trouxe um da turma da Monica então passou a ser esse o filme preferido dele. O aluno “X” é igual a um agravador, repete o tempo todo o que as pessoas falam para ele ou não.
No CEMEIS é seguido um cardápio onde são feitas comidas, lanches variados, porem único lanche que comia era bolacha salgada e o seu brinquedo preferido era um carrinho do corpo de bombeiro. Quando aluno “X” entrava na sala da diretora na qual ele gostava de ficar, pois tinha um calendário de mesa da empresa em que o pai trabalhava e que cabia o carrinho dentro, em quanto brincava ficava falando as propaganda da empresa que via na televisão. Conversava o tempo todo sozinho repetindo uma historinha que a mãe contava para dormir, porem poucas coisas dava para entender, pois balbuciava que nem uma criança quando está aprendendo a falar suas primeiras palavras.
O aluno “X” passou por algumas consultas com o Psicólogo e Fonoaudiólogo que os encaminhou para um neuropediatrapara que ele desse o diagnóstico.
Segundo os relatos dos pais era uma criança normal na qual não tinha problema algum, quando questionados o porquê de tudo que pegava colocava na boca os pais disseram ter feito o tratamento de vermes, quanto ao comportamento para eles era normal, pois todos os motivos levavam ao nascimento da irmã.
O que foi observado pela equipe do CEMEIS que é um menino muito inteligente, conhece as cores e números até o 15 (quinze) em sequência e salteado, várias placas de trânsito.
Um fato que chamou a atenção 01 (um) mês antes de findar as aulas é que a avó que cuidava dele foi embora e repentinamente aquele menino que era forte emagreceu de tal maneira que os seus shorts de elásticos não pra na cintura, em decorrência da avó ter ido embora o aluno “X” passou a frequentar duas escolas, de manhã em uma particular e a tarde no Município, pois os pais trabalhavam o dia todo. Nesse período ficou muito mais irritado, pois quando pai chegava para pegar e trocar de escola estava dormindo então o acordava e chegava ao CEMEIS nervoso e chorando muito. A atitude do pai para que o aluno “X” ficasse dava vitaminas em comprimidos coloridos, mesmo assim ele se jogava no chão em frente ao portão do CEMEIS por que não queria ficar queria ir para casa para ficar com sua irmã a qual ele gosta muito.
No ano de 2014 não pude acompanhá-lo, mas em conversa com a diretora me relatou que o aluno “X” voltara a usar fralda o tempo todo e continuava magro e como a direção insistiu para a busca de tratamento do mesmo o pai trocou de escola não aceitando ajuda alguma.
ALUNO “Y”
Relato de uma professora que trabalhou com uma criança autista. Minha aluna tinha 8 anos e cursava o 3º ano, ela tinha dificuldade de relacionar-se com os demais alunos, mas era uma criança superdotada, na disciplina de matemática percebi que resolvia todos os exercícios envolvendo as quatro operações de cabeça, não usava o método de armar e fazer risquinhos como os demais. Em português ela aprendeu a ler e escrever, mas não conseguia fazer as atividades de interpretação, quando percebi isso aplicava somente atividades que sua capacidade permitia e na sala de aula tinha um painel com toda a rotina em forma de escrita e desenho pra ela pode visualizar e tinha que ser sempre igual, pois não aceitava sair de sua rotina. Para as realizações das atividades adotei o relógio despertador, quando o mesmo despertava sabia que seu tempo tinha acabado para as realizações das suas atividades.
Tem dia que ela se agitava muito gritava e tirava a roupa, e para acalma-la a colocava para brincar com agua na piscina ou um balde de agua isso o tranquilizava deixávamos de 15 a 30 minutos, então a trazia para a sala novamente e assim realizava as atividades com tranquilidade.
É um desafio trabalhar com autista, mas não é impossível de conseguir seus objetivos, eu aprendi mais com ela do que ela comigo, para trabalhar com autista precisa de muita paciência, dedicação e amor.
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PESQUISA DE CAMPO
Em conversa com a orientadora Marcia, de uma escola Municipal de Sorriso/MT, durante o período escolar de 2014, onde duas crianças frequentavam, sendo uma no 5º (quinto) ano e o outro no pré II, me fez o seguinte relato: a “Bela”, aluna do 5º (quinto) ano, diagnosticada com o espectro autista, com dificuldades em acompanhar os colegas na escrita e leitura, mas quanto a pratica de ajudar os professores e colegas a desenvolver atividades como recortes, colagens, que envolvem objetos, alguns tipos de jogos, ex: blocos lógicos quebra cabeça, encaixe com peças geométricas, varetas, dados, fantoches, musicas, dobraduras, etc., interagem bem dentro da sala de aula com seus amigos. Bela, uma garota com as agitações do autismo, porém muito meiga e compreensiva. Ela conta com os fatores principais para uma boa convivência em sociedade, que é a união da família com a escola, traçando uma rotina para não prejudica-la. Os pais de Bela, como também a escola onde frequenta procuram manter a rotina e fazer algo diferente para estimular suas capacidades como procuram fazer mudanças dentro do ambiente que ela frequenta na presença da mesma para não causar rejeição.
Quanto ao “Taz” o aluno do pré II diagnosticado com autismo e com laudo prescrito por uma Neuropediatra na qual o mesmo precisa de uma auxiliar para acompanhar durante o período em que se encontra no ambiente escolar. Taz faz, uso de medicamento controlado, isto é, um menino muito nervoso e agitado, muitas vezes por falta do mesmo se torna um pouco agressivo e têm crises de choro, sua concentração é bem limitada e para que realize as atividades tem que ser poucas e que consiga fazer rápido, pois não se prende a atenção do mesmo por mais de cinco minutos, tendo uma grande limitação ao desenvolver as atividades, porem demostra muita vontade em realiza-las, sendo uma criança bem participativa. Em sala de aula busca-se trabalhar atividades bem diferenciadas das outras crianças para que desenvolva suas capacidades dentro do seu limite estimulando seu raciocínio e suas habilidades motoras como também sua dicção que é um pouco comprometida. Quando lançado um desafio a Taz e não consegue realizar o que foi proposto, jogas as coisas no chão e fica nervoso se agitando braços, mãos, cabeça e pernas. Ressaltando que quando está tranquilo e medicado é um menino amoroso que gosta de abraçar, beijar colegas e professores.
Iguais a todos do espectro autista tem que manter uma rotina dentro da sala de aula quanto em sua vida particular em outros ambientes sociais para que assim possa ter uma vida equilibrada diante de uma sociedade com direito e deveres a ser cumprido.
Um dos fatos que chama atenção no caso do Taz, é que os pais biológicos são separados e cada tempo ele mora com um dos dois mais a avó materna.
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RELATOS DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO:
Em um diálogo com os profissionais da Educação Infantil da rede pública do município que obtiveram contato de alguma maneira com crianças portadoras do Espectro Autista puderam ao seu entendimento relatar o que viria a ser autismo, suas consequências e como ajudá-los.
O que vem a ser autismo em seu ponto de vista? O autismo Transtorno global do desenvolvimento vem um problema que afeta a área de relacionamento social, interação,
comunicação. São criança que precisam de compreensão e auxilio para organizar-se na vida, pois são metódicos e apresentam dificuldade de conviver em sociedade.
Como é trabalhar com criança do espectro autista? A criança com espectro autista necessita de rotina, mas também de serem desafiadas em relação as suas estruturas mentais superiores, possibilitando conquista de maior controle, flexibilidade e possibilidade de recursos próprios para não se desestruturar.
Quando que se percebe que uma pessoa tem autismo? Ter as áreas afetadas, dificuldade em relacionar-se, dificuldade em focar o olhar, atividades estereotipas (podem estar presentes), dificuldade de interação, dificuldade na comunicação, em momentos as mãe acham que o educando é surdo, pois não apresenta atenção ao outro, não brinca com outras crianças ou pessoas. Procurar um médico Neurologista ou psicólogo para auxiliar na identificação, é necessário uma avaliação coerente para não recorrer a graves equívocos.
Para o autista é importante ter perseverança na finalização das atividades? Propor uma atividade extensa pode ser um grande equívoco. É fundamental propor atividades organizadas, estruturadas, que ele saiba o que fazer, e fazer com que termine, mesmo que necessite abandonar a atividade para que possa se reestruturas e terminar.
O aluno autista termina o que começou? Quando termina? Quando não termina? O que se pode aprender com as respostas? Que você precisa rever esta atividade. Exemplo um jogo pode diminuir a quantidade de peças, uma atividade de encaixe ou quebra cabeça iniciar o processo e ele termina criar uma agenda de atividades. É fundamental estarmos atento com os interesses do educando, tempo que demora em desestruturas e principalmente oferecer atividades que possibilitem o desenvolvimento das funções psicológicas superiores e a ampliação de sua flexibilidade.
Difícil você propor uma atividade desestruturada e querer que ele faça e terminem, alguns autistas se diferem em tempo de organização atenção no desenvolvimento de uma atividade, bem como interesses, mas uma atividade que exija do educando sem permitir que ele compreenda impede de concluir, as atividades ou mudanças quando forem antecipadas tem grande chance de terem maior êxito.
Mas e quem não é capaz de captar e interpretar os sinais de comunicação?
Não subestime. Tente diversificando tentativas e possibilidades de compreensão e aumento da interação. Muitas vezes a não somos capazes de compreender os sinais. Grave, filme os encontros analise, o trabalho de desenvolvimento depende de nós.
Por isso filmar os atendimentos são essenciais para futura analise.
Como ficam estas pessoas neste mundo cada vez mais conectadas e comunicativas? Depende da forma como encaram as tecnologias. E a conectividade. Alguns espectros autistas usam muito bem essa conectividade, tendo maior dificuldade com as relações pessoais.
Qual a melhor maneira de abordagem para descobrir os talentos de um autista?
Usar e permitir possibilidades. Através do desenvolvimento das funções psicológicas superiores e diversidade de atividades, antecipação das atividades também é essencial.
Autismo, emoção e relacionamentos? Dificuldade em compreender ou expressar suas emoções. Relacionamento com outros pode ser mais ou menos afetada.
Qual a mensagem/orientação você deixaria para os pais e profissionais?
Que acreditem no desenvolvimento do filho, muita paciência e observação, são os que podem clarificar muitas coisas aos profissionais, sendo assim sejam observadores. Não infantilizem seu filho e seja companheiro mas firme. Proteja sem superproteger. Cobre mas permita condições para compreender.
CONCLUSÃO
Pode-se afirmar que através das pesquisas bibliográficas e diálogos com profissionais da educação, que apesar do autismo ser um obstáculo para o relacionamento social da criança e para o seu desenvolvimento, ela pode perfeitamente viver em sociedade e continuar evoluindo como qualquer outra criança dita “normal”, embora ainda haja pais que não aceitam que seu filho possa tenha autismo mesmo sendo comprovado por laudo médico, interrompendo o tratamento fazendo com que a criança volte ao estágio inicial.
Em casos que não há a aceitação do problema, tem que se trabalhar a família e melhorar a qualificação do professor, apoiando e valorizando seus projetos em prol da criança com autismo, sendo assim, a escola torna-se um espaço de desenvolvimento da competência social para crianças autistas em um desafio para pais e profissionais da educação em geral.
Desta forma é possível mostrar que a diferença do comportamento social da criança autista é qualitativo, mesmo tendo baixa frequência não significa total ausência do mesmo. Estudos que visam esse aspecto poderá contribuir muito para a educação dessas crianças e construção de mais espaços apropriados para os mesmos.
BIBLIOGRAFIA:
COSTA, Ulisses. Autismo no Brasil: um grande desafio - Rio de Janeiro: wak Editora, 2013.
CUNHA, Eugênio. Autismo na escola: um jeito diferente de aprender, um jeito diferente de ensinar – ideias e práticas pedagógicas / Eugênio Cunha. - 3° ed. Rio de Janeiro: Wak editora, 2015.
SCHMIDT, Carlo. Autismo, educação e transdiciplinaridade/Carlo Schmidt (org.). – Campinas, SP: Papirus, 2013. – (serie educação especial).
SILVA, Ana Beatriz B. mundo singular: entenda o autismo / Ana Beatriz Barbosa Silva, Mayra Bonifácio Gaiato, Leandro Thadeu Reveles. – Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
Rios, Dermival Ribeiro. Minidicionário escolar da língua portuguesa/ Dermival Ribeiro Rios. – São Paulo: DCL 2010.
Para fazer citação a este trabalho utilize a bibliografia abaixo:
GARCIA, Silvana da Silva Cunico Ferreira. Autismo: educação de casa a escola. Revista Científica Cognitio, on-line, Mato Grosso, N. 02, Nov. 2016. <http://aces4r.wixsite.com/revistacientifica/ed-2-art-1>. Data de acesso: