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O USO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS NO ENSINO APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA

LILIANE OLIVEIRA SOUZA

liliannyoliver@hotmail.com

 

RESUMO

 

Esta pesquisa teve o objetivo de verificar a utilização pelos professores de recursos tecnológicos e de mídia em sala de aula no ensino de língua inglesa. Procuramos entender quais são as crenças que permeiam o uso ou não uso de recursos tecnológicos, por meio de questionários, distribuídos para seis professores, sendo eles três de escolas públicas estaduais, e três de escolas particulares, também procuramos descobrir as atitudes dos participantes da pesquisa quanto ao uso dos recursos de mídia. O percurso da pesquisa ampara-se nos princípios da pesquisa qualitativa, pois entende língua e cultura como indissociáveis na construção das crenças dos participantes. Utiliza - se de entrevistas e analisa as falas do ponto de vista analítico-interpretativo. As descobertas que obtivemos foram distribuídas entre as crenças e as ações de cada participante. Essa pesquisa nos fez verificar que a influência da língua inglesa é um processo de avanços da globalização onde as tecnologias tem seu espaço durante o processo de ensino e aprendizagem.

 

PALAVRAS-CHAVE: Recurso tecnológicos, Língua Inglesa, crenças e ações.

 

ABSTRACT

 

This research aimed to investigate the use of technological resources for teachers and media in the classroom teaching of English language.  Try to understand what are the beliefs that permeate the use or the use of technological resources, through questionnaires distributed to six teachers, three of them being public schools and three private schools also seek to discover the attitudes of respondents regarding the use of media resources. The course of research supports the principles of qualitative research, as understood language and culture as inseparable in the construction of the beliefs of the participants. Uses - up interviews and analyzes of the speeches from the standpoint of analytical and interpretative. The findings that we obtained were distributed between the beliefs and actions of each participant. This research has made us see that the influence of the English language is a process advances of globalization where technology has its place in the process of teaching and learning.

 

KEYWORDS: Resource technology, English language, beliefs and actions

 

 

INTRODUÇÃO

 

Sabemos que devido à globalização, a língua inglesa se expandiu por todo o território nacional, e isso observamos no nosso dia-a-dia. Com isso vemos também a necessidade do ensino de língua inglesa nas escolas.

 

Dessa forma, buscamos analisar, dentre os docentes da língua inglesa, os recursos tecnológicos que os mesmos utilizam em suas aulas, pois existem pesquisas que nós a crença de que nas escolas públicas não haveria interesse pelo aprendizado da língua inglesa bem como o aprendizado dessa língua não seria satisfatório.

 

Por esse motivo, o presente trabalho surgiu devido a observações de recursos que a mídia oferece para o ensino de língua inglesa, assim como para outras disciplinas. Neste trabalho também faremos um enfoque da importância da língua inglesa, no mundo e no Brasil, e como a língua expandiu no país.

 

Optamos pela pesquisa de abordagem qualitativa e com traços etnográficos, que segundo (SPRADLEY) “[...] é a descrição de um sistema de significados culturais de um determinado grupo ou lugar” (1979. p. 65), optamos também por uma análise analítica-intepretativista, pois se dá por visualizar nesta vertente metodológica da investigação o rumo para as possibilidades de conhecimento do objeto de pesquisa.

 

A etnografia busca compreender os significados atribuídos pelos próprios sujeitos ao seu contexto, a sua cultura, assim a pesquisa etnográfica se utiliza de técnicas voltadas para descrição densa do contexto estudado, ou seja, faremos então uma análise intepretativista, dos resultados referentes aos questionários que foram entregues a cada professor participante da pesquisa.

 

Foram entrevistadas seis pessoas que se inserem no perfil de homem comum, entendido aqui como o profissional da educação no que se refere ao ensino de língua inglesa, delineado nesta pesquisa, e que desenvolvem atividades profissionais.

 

Antes de ser entregue os questionários foi apresentada a definição e explicação do nosso trabalho de conclusão de curso de pós-graduação que visa compreender os recursos da mídia que os mesmos utilizam para as suas aulas especificamente de língua inglesa.

 

Através desta pesquisa, buscamos respostas que venham contribuir para o entendimento deste fato e verificar a abrangência desta língua no que se refere ao ensino da mesma, e como ela está inserida na vida dos alunos e também na vida dos professores e como eles veem esta situação tão comum num mundo pós-moderno onde a língua inglesa permeia quase em tudo no nosso dia a dia.

 

Todas as entrevistas foram realizadas no mês de junho de 2012, com professores de três escolas públicas estaduais, e outras três escolas particulares do Município de Sorriso. Para preservar a identidade dos sujeitos não citaremos aqui no nosso trabalho seus nomes verdadeiros, usaremos nomes fictícios, bem como não citaremos os nomes das escolas que os mesmos lecionam.

 

  1. O INGLÊS NO MUNDO.

 

 

Com o efeito da globalização no mundo surgem as necessidades de comunicação entre os países, por isso é indispensável o aprendizado de uma segunda língua e por esta razão o inglês que é a terceira língua mais falada no mundo tornou-se então uma linguagem eficiente de comunicação entre os comércios exteriores[1].

 

Dessa forma, aprender um idioma se tornou uma necessidade básica para profissionais de diversas áreas e para aqueles que se preparam para ingressar em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo.

 

Dominar um idioma hoje em dia torna-se um grande crescimento pessoal e profissional, além de tudo, pode vir a contribuir para o bom desempenho no que se refere as mudanças que vem ocorrendo no mundo, com efeitos da globalização consequentemente devido aos avanços tecnológicos.

 

A crescente internacionalização dos mercados levou as nações a adotarem o Inglês como o idioma oficial do mundo dos negócios e considerando a importância econômica do Brasil como país em desenvolvimento, dominar o Inglês se tornou sinônimo de sobrevivência e integração global. O aprendizado do Inglês abre as portas para o desenvolvimento pessoal, profissional e cultural. O mercado atualmente considera um requisito básico no momento da contratação que o candidato domine o Inglês. Muitas vezes o conhecimento do Inglês significa um salário até 70% maior. (http://www2.ucg.br/flash/artigos/AImportanciaIngles.htm)

 

 

Por esse motivo, aprender o inglês, é de suma importância nos dias de hoje, é bem sabido que muitas universidades que oferecem graduação e habilitação na língua inglesa deixa a desejar no que se refere ao aprendizado, bem como profissionais que saem dessa área mau preparados para passar adiante seu conhecimento. No entanto, sabemos da importância desse idioma nos dias atuais, e o quanto ele contribui para o desenvolvimento de pessoas que dominam a referida língua, sem contar que ela é abrangente e falada em diversos países.

 

Segundo Paiva (1996) são doze os países cuja língua nativa é o inglês. São eles: Austrália, Bahamas, Barbados, Canadá, Estados Unidos, granada, Guiana, Inglaterra, Irlanda, Jamaica, Nova Zelândia, e Trindad. Dessa forma, o inglês é uma língua universal, falada em quase todo o mundo.

 

Essa língua tem sido o ícone de negociações no comércio exterior, é através dela que acontecem as principais transações de indústrias, pois para que haja interesses de produtos é preciso à comunicação entre países. Assim o inglês tem seu papel fundamental.

 

Paiva (1996), afirma que o número de falantes de inglês como língua estrangeira e como segunda língua é de 300 a 400 milhões e o número de falantes nativos é de quase 300 milhões, somando um total de 700 milhões de falantes em todo o mundo. Atualmente a língua inglesa é o referencial comum a todos os idiomas, mais de 300 milhões de pessoas têm o inglês como língua nativa e mais de 200 milhões que têm o inglês como segunda língua, além de ser usada no mundo todo como língua franca e ainda, ser adotada pela ciência, o comércio internacional e a política.

 

Podemos dizer que nos dias atuais, e vivendo num mundo globalizado, com uma tecnologia avançada, a língua inglesa tem proporcionado o conhecimento de várias etnias através da comunicação, como por exemplos os chats (palavra também em inglês), muitas pessoas passam a se conhecer se comunicando através das redes sociais do mundo inteiro. A internet é um dos recursos tecnológicos que sem dúvida alguma propaga o idioma da língua inglesa, dessa forma passa se conhecer a cultura do outro, sem mesmo sair do seu ambiental.

 

Fica claro a partir dessas informações que com a expansão da língua inglesa no mundo não há como inibir sua influência na língua nativa dos países, acrescentando novas palavras às línguas.

 

1.1 A Língua Inglesa no Brasil

 

Segundo Ndebele (1987), há muitas décadas, a expansão da língua inglesa no mundo e seu impacto nos países abaixo do Equador, notadamente no Brasil, despertam emoções e discussões variadas em torno do seu papel na história nacional. Se, antes, o inglês funcionou como a língua de colonização via conquista territorial pelo império britânico (PHILLIPSON 1992), mais recentemente, alguns autores, citado por Pennycook (1994 p.24), sugerem que "a expansão do inglês ocorreu simultaneamente com a expansão da cultura do comércio internacional e da estandardização tecnológica". Por força de seu poderio econômico, cultural, militar, tecnológico e político, os Estados Unidos (e outros países ricos) provocaram um movimento de expansão do mercado capitalista chamado de globalização para indicar a interdependência econômica, política e cultural entre esses vários países. Não sem demora, sociólogos, economistas e outros interessados gritaram que a interdependência ocorria especialmente entre as nações ocidentais mais ricas e que os países mais pobres continuavam dependentes e oprimidos.

 

Dito de outro modo, não ocorreu à repartição da riqueza, da produção, do trabalho e do poder, como propagava o discurso a favor da globalização. Com isso a língua inglesa se tornou abrangente em todo o mundo.

 

No Brasil não é diferente, pois em nosso país podemos nos deparar com a língua inglesa diariamente o que nos afeta grandemente. Aqui no Brasil podemos presenciar grandes influências da língua. Nas escolas, por exemplo, a língua inglesa é uma matéria estudada em todas as séries, pois como sabemos a língua é muito exigida em vários empregos, e nos vestibulares, concursos.

 

Porém, não é somente nas escolas que a língua inglesa tem influência não, vemos marcas de roupas que são maiores sucessos nos países estrangeiros e aqui também fazem o maior sucesso. Letras de músicas brasileiras, que possuem alguma palavra, ou parte em inglês. Programas televisivos brasileiros que tem seus nomes ingleses como, por exemplo, “Big Brother”, que no inglês “Big” significa grande, e “Brother” significa irmão. Sem contar nas palavras de nosso país que convivemos dia a dia e são de origem da língua inglesa como estas: “Down”, “Shopping Center”, “Stress”, “Diet”, “Mc Donald”, “Sundown”, “Fashion”, “Milk-shake”, “Internet”, “Playstation”, “Fastfood”, “Chesseburguer”, “Designer”, “Kiss”, “Outdoor”, “Light”, dentre outras palavras que fazem parte de nossa rotina e convivemos mesmo sem perceber.  Podemos observar atém mesmo algumas estampas de camisetas com frases em inglês.

 

Portanto vemos, presenciamos sem dúvida alguma, que a língua inglesa tem grande influência aqui no Brasil, e em grande parte do mundo.

 

Segundo Paiva (1996, 30.), “Dos anos 80 em diante, por força da globalização, a língua inglesa adquiriu novos traços e riscos amplamente associados ao regime econômico neoliberal”. Como prenunciado por Paiva (1996), na sua tese de doutorado A língua inglesa enquanto signo na cultura brasileira (1991), mediante uma quantidade extensa de exemplos empíricos colhidos no cenário urbano brasileiro, verificou-se que a língua inglesa se tornou uma moeda de alta cotação no mercado linguístico cultural brasileiro. Nas palavras da autora, o recurso ao inglês atendia muito mais a uma necessidade simbólica de identificação com uma sociedade de grande poder político e econômico do que a necessidade de nomear conceitos e objetos.

 

1.2 A língua e Cultura

 

A língua não pode andar sozinha sem as influências da cultura, a sociedade contribui para que isso ocorra, dessa forma podemos definir que num âmbito geral, devemos pensar de maneira que dentro da cultura no qual existimos, temos capacidade de pensar, de expor o que pensamos, sentimos e nos relacionamos um para com o outro.

 

Cultura é, portanto, o que somos, nossa identificação pessoal no meio de uma sociedade.  É a definição que guia o comportamento das pessoas numa comunidade e que nos é dado desde os nossos primeiros anos de vida na nossa família. Dessa forma podemos afirmar que a linguagem e a cultura fazem seu papel juntas, no qual faz parte da identidade não só individual de cada pessoa, mas também da sociedade como um todo.

 

Portanto as informações obtidas na nossa mente, por meio da linguagem nos traz uma carga ideológica e cultural, assim influenciando dentro de um contexto social, de cada ser, e a tendência é que a cultura e as ideologias de cada aluno permaneçam sobre a cultura e as marcas ideológicas que constitui a língua estrangeira estudada.

 

Segundo Carvalho (1989), “o léxico de uma língua é como uma galáxia vive em expansão permanente por incorporar as experiências pessoais e sociais da comunidade que a fala”, ou seja, uma língua, por meio do vocabulário que a liga ao mundo exterior, nos mostra a cultura da sociedade à qual serve, a cultura não pode ser vista como um projeto cumulativo na direção de um coroamento linear no futuro, mas como uma rede de conexões entre séries.

 

Portanto ao usarem a linguagem, as pessoas notadamente explicitam suas visões de mundo, discernindo suas identidades constituídas em contextos socioculturais. Sinalizam para o outro quem são e que tipos de situações estão vivenciando, pois, como afiançam Norton e Toohey (2004, p. 14),

 

A linguagem não é simplesmente um meio de expressão ou comunicação, antes, preferencialmente, é uma prática que constrói e é construído pelos modos como entendemos a nós mesmos, nosso ambiente social, nossas histórias e possibilidades de futuro.

 

Portanto acreditamos que a língua é um instrumento vivo no qual sofre mudanças frequentemente, ou seja, está em constante   desenvolvimento que sofre influência da cultura, e é um dos sistemas de expressão de uma cultura.

 

É necessário pois, pensar o ensino e a aprendizagem de língua estrangeira em termos de competências abrangentes e não estáticas, uma vez que uma língua é o meio de comunicação de um povo por excelência e é através da forma de expressar que esse povo transmite sua cultura, suas tradições, seus conhecimentos. Onde se gera uma crença em relação a língua em si sendo ela o idioma mais falado.

 

Crenças são uma forma de pensamento, construções da realidade, maneiras de ver e perceber o mundo e seus fenômenos, co-construídos em nossas experiências resultantes de um processo interativo de interpretação e re-significação. Como tal, crenças são sociais, mas também, individuais, dinâmicas, contextuais e paradoxais (BARCELOS, 2007, p. 15).

 

Conforme   Tseng e Ivanic (2006, p. 139), as crenças são moldadas por sua história social, política, crenças culturais e práticas através de suas histórias biográficas, treinamentos pré-serviço, atividades de ensino e experiências profissionais. As crenças permeiam o conhecimento dos indivíduos. Conforme Garbuio (2006, p. 91), as crenças podem estar baseadas nos treinamentos que tiveram nas suas experiências de ensino ou ainda enquanto aprendizes de uma língua. Esses autores afirmam que as crenças podem ter origem devido as experiências enquanto aprendizes de uma língua bem como a relação ao que proporciona melhores resultados e preferências estabelecidas na prática pelo individuo.

 

1.3 Presença da Língua Inglesa na Língua Portuguesa

 

Sabe-se, por estudos linguísticos, que não há como isolar uma língua, pois o contato que se tem com o meio externo traz influências incontáveis e até mesmo incontroláveis, mas este próprio contato faz com que o idioma se ajuste as novas necessidades de comunicação.

 

Assim as palavras estrangeiras sempre estiveram presentes na língua portuguesa como elementos enriquecedores. Essas palavras e expressões que migraram de um convívio social para outro, em grande maioria, situam-se no espaço das ciências, da tecnologia (em virtude de avanços e novas descobertas em pesquisas), e na diplomacia também se fazem indispensáveis. Também surgem estrangeirismos, que Proença Filho (2000) chamou de “contribuições episódicas da moda” através dos meios de comunicação de massa, palavras novas são criadas por publicitários, atores e comediantes, algumas até se adaptam ao vernáculo, porém outras não vão além da efemeridade do modismo. A língua em si não é pura, com o passar do tempo, ela sofre mudanças, tornando o vocabulário mais amplo.

 

2. O ENSINO DE LI

 

Nos dias atuais nas escolas tanto pública quanto particulares, as práticas de ensino da língua inglesa, tanto no Ensino Fundamental quanto no Médio são planejadas dentro da estrutura de um livro didático. Para o professor torna-se uma tarefa árdua, ensinar a língua inglesa em uma ou duas aulas por semana, pois no Ensino fundamental, são duas horas aula, e no médio uma hora aula semanal.

 

Dessa forma, os professores optam por sempre utilizar os recursos oferecidos pelo próprio livro didático na intenção de auxiliá-los em seus planejamentos de aula, embora o livro seja visto aqui como mais um recurso de apoio dentre vários outros. Sabemos que as escolas, hoje em dia, oferecem os recursos de mídia para os professores utilizar.

 

Porém dentro desses recursos os professores necessitam de abordar as quatro habilidades (reading, writing, speaking, listening), ou seja, se as mesmas se fazem presentes havendo atividades com gêneros textuais bem como atividade com gêneros textuais, pois isso implica no aprendizado do aluno.

 

Segundo Kelly (1969), na época medieval, tanto o livro quanto o professor eram propriedade do aluno, mas apenas o professor tinha a posse do livro. O conceito de ensino de línguas equivalia ao da oferta de descrições linguísticas. Aprender uma língua significava aprender a sintaxe dessa língua.

 

Atualmente a tecnologia está presente em todos os setores da sociedade, é um componente social importante na vida moderna. O acesso à mídia impressa e eletrônica, ao vídeo, ao computador, às redes e apropriação de suas linguagens e estéticas, não é uma utopia ou um desvario, é a condição básica da habitação do cidadão ao diálogo social, afetivo, político, profissional. O cidadão da sociedade informático-mediática necessita adquirir habilitação técnica e linguística que lhe permita transitar e sobreviver no meio informacional na qual está imerso.

 

E quem dará essa instrução para a formação de um cidadão inteirado de sua realidade? A escola jamais poderia ser indiferente, pois se constitui um lugar de posturas e mudanças sociais. É na escola onde o aluno encontra as diversas modificações das origens sociais.

 

A informática educativa é uma realidade e deve ser inserida no contexto escolar, como destaca Haetinger (2005), desta forma acreditamos que a informática aplicada aos processos educacionais pode oferecer um caminho de mudanças para a velha escola, claro que nunca como ‘salvadora da pátria', mas como mais uma ferramenta a serviço dos professores.

 

A escola, e principalmente os professores, precisam encarar essas novas tecnologias de forma natural, buscando oportunidade de aperfeiçoar-se para a operação dessas novidades tecnológicas.

 

Mesmo que a escola não ofereça subsídios para a inserção das novas tecnologias o professor tem o dever, como agente de transformação e formador de opinião, de oferecer para seus educandos conhecimentos e interações com essas tecnologias, tendo em vista que fazem parte do cotidiano de muitos deles.

 

Com relação ao professor Haetinger, (2005) diz que "se continuar não interagindo o ensino com a vida prática dos alunos está correndo o risco de ficar falando sozinho, na sala de aula ou no universo virtual". De acordo com Haetinger (2005), em nosso trabalho de educadores devemos sempre, oportunizar aos alunos o acesso à informação e a construção de conhecimentos coletivos. Ao oferecermos este tipo de vivência, buscamos a motivação do aluno e o comprometimento do mesmo com a aprendizagem individual e do grupo ao qual ele pertence.

 

O ensino mudou, não vivemos mais aquele ensino metódico e puramente mensurável, onde o professor detinha todo o conhecimento, hoje em dia a tecnologia facilitou a forma de novas abordagens de ensino. Temos que ser categóricos em dizer que a nossa sociedade, seus padrões e ritmos mudaram, estamos no século XXI, na Pós-modernidade, onde as máquinas são responsáveis por grande parte do desenvolvimento mundial. Precisamos então, como educadores, analisar como os recursos midiáticos podem nos ajudar a favorecer a aprendizagem dos nossos alunos.

 

Em muitas escolas podemos observar que o uso dos meios de multimídia nas próprias salas de aulas, como lousas digitais e computadores com acesso a internet, contribuem muito para um bom andamento da aula, até mesmo para uma melhor aprendizagem.

 

Segundo Haetinger (2005), são muitos os casos de sucesso na utilização da tecnologia na sala de aula como aliada no processo de ensino aprendizagem, provando assim que o uso dos recursos da mídia pode e deve ser uma prática constante nas salas de aula, atuando como mais um suplemento de ensino. Sobre o uso da informática como recurso pedagógico, a inclusão da informática como recurso pedagógico é mais do que querer, é fundamental para desenvolver todas as possibilidades do saber.

 

A ideia de utilizar computadores para ensinar a língua inglesa aos alunos, faz com que os mesmos tenham melhor desempenho e os tornem melhores pensadores. Sua linguagem de programação projetada em determinados sites provoca o estímulo para essa revolução.

 

O desafio dos educadores da atualidade é ensinar aos seus alunos a metalinguagem, a diversidade de linguagem existente e sua utilização na vida prática.

 

Assim os alunos poderão ter uma nova visão da língua inglesa para com a prática do meio tecnológico de aprender com esse recurso.

 

2.1 As Tecnologias no Ensino de Línguas

 

Devido aos avanços tecnológicos, as máquinas dominam as comunicações no mundo moderno. O meio linguístico tem sido recriado e o professor precisa se integrarem a esses novos meios de transmissão. Podemos afirmar que o homem está irremediavelmente preso às ferramentas tecnológicas. O sistema educacional sempre se viu pressionado pela tecnologia.

 

O computador, por estar dentro das escolas, não são bem vistos pois alguns administradores impedem o acesso a determinadas páginas, às redes sociais como, Facebook, a salas de bate-papo e mesmo a vídeos do YouTube.  A internet por meio das redes sociais, pode vir a ser, no futuro, uma ferramenta tecnológica, preparadas para trazer e levar informações, de maneira rápida e eficiente.

 

A cada nova tecnologia, a escola, especialmente no ensino de línguas, busca inserir essa nova ferramenta nas práticas pedagógicas em uma tentativa de melhorar a mediação entre o aprendiz e a língua estrangeira. Assim, o livro ganhou a companhia do som e da imagem.

 

Os recursos de com MSN, SMS deram impulso às interações por mensagem escrita com acréscimo gradual de recursos de vídeo e áudio.

 

No século 21, a Internet entra em uma nova fase, surgem as redes de relacionamentos como os blogs, Facebook os repositórios de vídeos como o YouTube e até uma enciclopédia mundial feita pelos usuários da Internet no mundo inteiro, a Wikipédia.

 

Os recursos da web oferecem ao aprendiz tecnologia que lhe permite, efetivamente, usar a língua em experiências diversificadas de comunicação. Pela primeira vez, o aprendiz passa a ser também autor e pode publicar seus textos e interagir com recursos textual, acrescido de áudio e de vídeo.

 

Dessa forma o inglês é tão presente no nosso cotidiano, pois ele reflete em vários lugares em vários ambientes, inclusive nos jogos. São inúmeros jogos que encontramos na internet, os quais tem como idioma principal o inglês, portanto, para os educadores, é possível que se faça uma seleção desses jogos os quais, até mesmo podem ser um recurso, porque o aluno possa aperfeiçoar seu inglês e assim passar a gostar desse idioma que é tão recluso pelos alunos.

 

São jogos interativos com aprendizado interdisciplinar, ou seja, não se volta somente para a língua inglesa, mas história, geografia, biologia. O certo é o educador usar essa ferramenta para o ensino dos alunos. Pois sabemos que a era do momento é a tecnologia, sendo assim, os videogames estão no ranking e são o auge do momento, tanto para a classe média, quanto para as classes mais baixas. As próprias lan houses, oferecem vários jogos, e vários níveis, desta feita torna-se então “vício” para adolescentes, crianças e até e mesmo adultos. Poderíamos então usar por meio dessa ferramenta um enfoque no idioma, e fazer nascer no aluno o desejo de aprender a língua inglesa.

 

3. METODOLOGIA

 

Objetivando verificar o uso de tecnologias por professores de Língua Inglesa em ambiente de escolas públicas e particulares entendemos a importância da visita in loco para a coleta de dados. Para isso utilizamos o método de irmos até as escolas particulares e estaduais fazer entrevistas com os professores que lecionam essa disciplina.

 

Neste sentido, buscamos pele pesquisa etnográfica que busca compreender os significados atribuídos pelos próprios sujeitos ao seu contexto, a sua cultura, assim a pesquisa etnográfica se utiliza de técnicas voltadas para descrição densa do contexto estudado.

 

De acordo com Moreira e Caleffe (2006), a etnografia tem como característica enfocar o comportamento social do sujeito no seu cenário cotidiano, confiando em dados qualitativos obtidos a partir de observações e interpretações feitas no contexto da totalidade das interações humanas, assim os resultados da pesquisa são interpretados com referência ao grupo ou cenário, conforme as interações no contexto social e cultural e a partir do olhar dos sujeitos participantes da pesquisa.

 

Por abordar a vida escolar cotidiana (ANDRÉ, 1995;), no qual as interações obtidas na escola fazem parte de um contexto repleto de significados, que por sua vez, estão dentro de uma mistura cultural. Assim entendemos cultura como processo de construção de sentido e de mundo, ou seja, expressões e símbolos usados pelo grupo, sendo eles os professores para com os alunos, bem como seus conceitos e conhecimentos que são transmitidos. Assim nossa pesquisa será qualitativa com traços etnográficos, no qual faremos uma análise interpretativista.

 

Sendo assim foi entregue um questionário para seis professores que aceitaram participar da pesquisa, sendo três de escola particular e três de escola pública.  O questionário é composto por vinte questões referentes a metodologia que o professor utiliza para desenvolver suas aulas usando os recursos midiáticos, bem como se eles utilizam o meio tecnológico.  Esse questionário está disponível em anexo ao final desse trabalho.

 

Para resguardar a identidade dos professores e das escolas usaremos aqui nomes fictícios para todos. Cada professor pertence a uma escola diferente.

 

Fomos até a escola (1) uma das escolas particulares, localizada Rua Dos Desbravadores, no bairro Bela Vista, local bem centralizado, sendo a mesma uma escola requisitada no munícipio de Sorriso, também considerada uma das melhores escolas particulares.  Nessa escola a professora Joice leciona a dez anos, ela nos informou que lá tem todos os recursos de mídia como televisor, DATASHOW, som, bem como computadores, porém que não comporta todos os alunos.

 

Seguindo nossa pesquisa entregamos o questionário para o professor Henrique que leciona na escola (2) escola particular que se localiza, no centro da cidade, o mesmo leciona há três anos nessa escola, também são disponibilizados pela escola os materiais didáticos, bem como tem um laboratório de informática que comporta cerca de vinte e cinco alunos, bem equipado com computadores, ar condicionado e lousa, smartboard.

 

A professora Bruna leciona no colégio (3) também localizada no Centro, escola particular, onde a professora leciona inglês a um ano em meio, porém essa escola não possui um amplo laboratório de informática como na escola 1 e 2.

 

Na Escola (4), uma escola estadual, bem afastada do centro, com uma clientela de alunos periféricos, lecionam a professora Adriana, que leciona com experiência na disciplina a oito anos. Nessa escola tem aproximadamente vinte computadores.

 

Na escola (5), que se localiza no centro da cidade, leciona a professora Patrícia. A escola pública estadual, possui materiais multimídias muito bom, como aparelho de som, televisão, vinte computadores, data show. Ela está lecionando língua inglesa, desde dois mil e dez, porém já lecionou língua portuguesa em anos anteriores.A clientela dessa escola e bem heterogênea pois, tem alunos de situações financeira boas, bem como tem alunos de áreas rurais, que os ônibus levam.

 

A professora Ana da escola pública estadual (6) que se localiza no centro, leciona língua inglesa há três anos, a escola possui todos os recursos necessários, sendo eles um laboratório de informática que comporta quarenta alunos, televisão 42 polegadas, rádio. Essa escola recebe aluno dos setores periféricos, bem como os das áreas rurais.

 

4. VERIFICANDO O USO DAS MÍDIAS E TECNOLOGIAS PELOS PROFESSORES.

 

Em busca da resposta de nossas indagações que deram inicio a esta pesquisa, faremos agora a análise da coleta de dados, verificando se há uso de tecnologias por parte dos professores entrevistados e se há, como e com que frequência são utilizadas as crenças?

 

Assim, entregamos um questionário para os seguintes professores, Joice, Bruna, Henrique, Adriana, Patrícia e Ana.

 

A partir da observação das respostas chegamos às seguintes categorias de análises que também subsidiarão a divisão deste capítulo: das crenças dos professores sobre o uso das tecnologias; do uso de tecnologias pelos professores; do uso efetivo das tecnologias pelos professores.

 

4.1 Do uso de Tecnologias Pelos Professores?

No questionário que foi entregue, logo no início perguntamos aos professores se os mesmos costumam utilizar ferramenta da internet, como sites ou blogs para complementar suas aulas de inglês, e se tinham os endereços eletrônicos para nos passar. Todos os professore nos indicaram que sim, como indicado nos excertos a seguir:

 

Excerto 1 – Joice – questionário aplicado em junho de 2012

Sim. Geralmente procuro diretamente pela atividade que preciso para determinada turma, mas frequentemente utilizo: http://busyteacher.org/; http://portaldalinguainglesa.blogspot.com.br/; http://www.esl-galaxy.com/; 

 

Excerto 2 – Bruna questionário aplicado em junho de 2012

 

Sim, costumo procurar em sites algo a mais para complementar o conteúdo da apostila quando necessário, contudo a escola mesmo oferece um site com material extra e outras atividades complementares para todas as disciplinas, e o material é bem completas e reforçadas. Não tenho um site único, na verdade eu digito no Google o que procuro e então vejo o que vai suprir a minha necessidade e dos alunos.

 

Excerto 3 – Henrique – Questionário aplicado em junho de 2012

 

Sim, gosto muito de fazer pesquisas na internet para sempre complementar mais as aulas que preparo. Há dois sites que sempre visito e que possuem um grande número de materiais que nos ajudam nas aulas, que são: elc study zone, o slideshare.com

 

Excerto 4 – Adriana – Questionário aplicado em julho de 2012

 

Sim, geralmente utilizo sites que oferecem atividades alternativas relacionadas ao conteúdo que estou trabalhando no momento.

 

Excerto 5 – Patrícia – Questionário aplicado em julho de 2012

 

Sim gosto muito do English Express e do Língua Estrangeira pra que?

 

Excerto 6 – Ana – Questionário aplicado em Julho de 2012

 

Nem um endereço em mente sempre salvo os materiais que considero importante no pen-drive.

 

Percebemos aqui que os professores do ensino particular como a Joice e o Henrique, assim como a professora Patrícia da rede pública, tem sites específicos dos quais eles costumam buscar atrativos para dinamizar, ou otimizar suas aulas.

 

Diferentemente da professora Bruna, que leciona em escola particular e tem preferência pelo site que a escola oferece, pois, o sistema da escola é apostilado e deixa disponibilizado aos professores atividades extras.

 

Já a professora Adriana, que leciona em escola pública, não esclareceu que sites ela utiliza, porém ela nos deixa claro em sua resposta que procura relacionar o que pesquisa na internet com o conteúdo que está trabalhando, com a intenção de não deixar a aula se tornar repetitiva e monótona para os alunos.

 

A professora Ana, que leciona em escola pública, também não nos informou em suas respostas, quais sites ela utiliza, porém nos deixou claro que tem materiais salvos em seu pen drive, os quais a mesma considera importante, porém não nos fica claro se ela utiliza e como ela utiliza esses materiais salvos.

 

Tendo todos os participantes da pesquisa afirmado que fazem uso da internet para suas aulas a próxima questão verifica quais os critérios avaliativos o professor utiliza para decidir se um material online é bom ou não para trabalhar em sala de aula. Verifiquemos nos excertos a seguir:

 

Excerto 7 -Joice – questionário aplicado em junho de 2012

 

Primeiramente, se ele é acessível, adequado à faixa etária e ao nível linguístico dos alunos, depois, se despertará o interesse deles, e que aspectos da língua ele desenvolverá.

 

Excerto 8 – Bruna -questionário aplicado em junho de 2012

 

Avalio o conteúdo, e se realmente vai trazer algo a mais para o aluno, se for simplesmente tampar lacunas eu ignoro, penso que o conteúdo deve complementar e trazer algo a mais, não simplesmente ser apresentado.

 

Excerto 9 - Henrique – Questionário aplicado em junho de 2012

 

Se é de fácil compreensão, se está bem organizado, tem que contemplar o lúdico – mesmo que para alunos do ensino médio – e que desperte um mínimo de curiosidade.

Excerto 10 - Adriana – Questionário aplicado em julho de 2012

 

Geralmente observo o vocabulário, pois meus alunos possuem dificuldades em interpretação.

 

Excerto 11 - Patrícia – Questionário aplicado em julho de 2012

 

Bom primeiramente eu pesquiso para depois trabalhar e sempre busco de acordo com as necessidades da aula e dos alunos. Sempre pauto uma pesquisa de acordo com o conteúdo em estudo.

 

Excerto 12 -Ana – Questionário aplicado em Julho de 2012

 

Bom não tenho um critério específico para avaliar se é bom, vejo conforme o planejamento.

 

Aqui fica evidente que os professores Joice, Henrique, Adriana e patrícia tem uma determinada preocupação quanto ao nível de conhecimento linguístico dos seus alunos, escolhendo as atividades pela avaliação da adequação ao não ao nível do aluno.

 

Percebemos que a professora Ana, não demonstra preocupação quanto ao nível de dificuldade do aluno, ela procura seguir e se atém a um planejamento.

 

Entendemos que talvez a professora Ana, por ser recém-formada, ainda esteja carregando consigo traços do estágio, onde a teoria é muito bonita, porém a realidade de nossos alunos é outra, a dificuldade do aprendizado é grande, e ainda se tratando da língua inglesa, a aceitação, e os investimentos para com essa disciplina nas escolas públicas é pequeno.

 

Pudemos observar com essas duas questões que os professores tem acesso a internet, conhecem seus benefícios e fazem uso dessa ferramenta de pesquisa e trabalho, porém também é possível observar que os três professores de escolas particulares e um professor de escola pública parecem explicar com mais ênfase seu trabalho e sua preocupação com as escolhas dos materiais, já as outras duas professoras de escola pública, que também indicaram fazer uso desse meio de informações, não expressam um uso efetivo.

 

4.2 Das Crenças dos Professores Sobre o Uso das Tecnologias;

Sabemos que alguns professores criam algumas expectativas com os materiais midiáticos, achando que isso vai trazer um melhor retorno de aprendizagem nas suas aulas.  Essas expectativas, podem muitas vezes, tornarem-se crenças no que se refere ao ensino da língua inglesa, bem como o aprendizado do aluno, devido a isso perguntamos por quais   motivos eles passaram a utilizar essas ferramentas em suas aulas de inglês? 

 

Excerto 13- Joice – questionário aplicado em junho de 2012

A fim de torná-las mais dinâmicas e de envolver os alunos, despertando seu interesse.

 

Excerto 14 - Bruna - questionário aplicado em junho de 2012

 

Pela praticidade e facilidade de acesso.

 

Excerto 15 - Henrique – Questionário aplicado em junho de 2012

 

Por que acredito que cada vez mais os alunos vêm adquirindo características de absorção mais voltadas para a imagem, para o prazer que a imagem proporciona. Portanto vejo que o aluno absorve melhor os conteúdos se a aula está organizada sob a égide do vídeo e também por que esses materiais são bem estruturados no sentido de que conversam com a matéria e proporcionam um prazer e não um peso a ser cumprido por aquele que está aprendendo uma língua estrangeira.

 

Excerto 16 - Adriana – Questionário aplicado em julho de 2012

 

Devido a tecnologia e a oferta em grande demanda tanto para o aluno como para o professor.

 

Excerto 17- Patrícia – Questionário aplicado em julho de 2012

Para fazer com que as aulas ficassem mais atrativas. Patrícia

Excerto 18 - Ana – Questionário aplicado em Julho de 2012

 

Por que o livro didático vem com um nível de dificuldade muito grande para os nossos alunos, por isso procuro complementar com outras atividades que encontro na internet, e desperte um melhor aprendizado

 

A professora Joice, Henrique e Patrícia foram unanimes em dizer que as aulas com recurso de mídia fariam com que suas aulas ficassem mais atrativas, e dinâmicas, envolveriam mais os alunos e despertariam nos mesmos o interesse pelas aulas, porém o professor Henrique ainda complementa sua resposta nos indicando que com vídeos imagens os alunos vão absorver melhor o conteúdo. Já a professora Ana não tem um material específico no que se refere a recursos da mídia, ela segue um planejamento oferecido pela escola. Em ralação a professora Bruna, esta indica que os motivos que a levam a usar esse tipo de material é a praticidade, lembrando que nos questionamentos anteriores ela indica seguir o que a escola já lhe oferece, o que pode nos indicar que seu critério de escolha é a otimização do tempo.

 

Dessa forma observamos que os professores acreditam e tem consciência de que o uso de outros recursos, neste caso a internet, além do livro ou apostila da escola, são importantes no auxílio ao ensino e aprendizagem da LI. Assim a crença encontrada aqui é de que materiais extras, como os recursos midiáticos, podem deixar as aulas mais atrativas para os alunos.

 

Assim seguimos nossa análise com a pergunta seguinte do questionário, Em quais aspectos eles (sites/blogs) contribuem em suas aulas?

 

Excerto 19 - Joice – questionário aplicado em junho de 2012

As tecnologias são fortes aliadas para o planejamento e desenvolvimento de aulas de língua estrangeira,  cabe ao professor saber utilizá-las como ferramenta em sua prática. Na minha opinião, os sites e blogs são uma maneira de dinamizar o conteúdo, trabalhar as quatro habilidades, favorecer  a interação entre os alunos e proporcionar maior contato com a língua em foco. Joice

 

Excerto 20- Bruna -questionário aplicado em junho de 2012

 

Como disse anteriormente não uso muito, mas quando utilizo deixa os alunos mais próximos das suas realidades, eles (alunos) ficam mais acessíveis, dialogam mais.

 

Excerto 21 - Henrique – Questionário aplicado em junho de 2012

 

Sempre complementando e ajudando a tornar mais lúdica a aula.

 

Excerto 22 - Adriana – Questionário aplicado em julho de 2012

 

Contribuem de forma que o aluno tem acesso na sua casa , e muitas vezes utilizo como ferramenta de auxilio ao conteúdo trabalhado em sala.

Excerto 23 - Patrícia – Questionário aplicado em julho de 2012

Na fixação melhor dos conteúdos trabalhados.

Excerto 24 - Ana – Questionário aplicado em Julho de 2012

Em tudo pego o planejamento e monto as aulas.

Observando então essa resposta, vemos que a professora Joice nos indica que a tecnologia em sala de aula é um forte aliada para o aprendizado do aluno no sentido de ser capaz de desenvolver as quatros habilidades, e também está presente na resposta, mais uma vez a ideia de dinamizar o conteúdo. Já a professora Bruna confirma que não usa muito, mas também não deixa de utilizar quando necessário, ela acredita que pode deixar o aluno mais próximo da sua realidade.

 

Na resposta do professor Henrique mais uma vez encontramos a ideia de que os sites e blogs sempre complementam suas aulas e as tornam mais lúdicas. A professora Adriana indicou que acredita que os alunos têm acesso em casa a internet e que isso pode ser aproveitado. A professora Patrícia disse que os acesso a internet ajuda a fixar melhor os conteúdos. Já a professora Ana mais uma vez informa que se orienta pelo planejamento não ficando claro se ela usa os recursos da mídia e da internet.

 

É possível perceber através desses excertos que os professores parecem ter consciência que existem recursos midiáticos e tecnológicos e que seu uso pode influenciar positivamente o ensino da referida disciplina, porém nem todos apresentam dar grande ênfase na inclusão de atividades contendo tecnologias.

 

Consequentemente perguntamos com o advento da era da disseminação de informações online, como você avaliaria isso na vida do seu aluno, no aspecto da aprendizagem da língua inglesa?

 

Excerto 25 - Joice – questionário aplicado em junho de 2012

Nossos alunos estão expostos a uma enorme quantidade de informações online, porém, poucas dessas informações são absorvidas de forma qualitativa, cabe à escola instruir os alunos quanto à utilização da tecnologia de forma a organizar e possibilitar que os mesmos se apropriem desse conhecimento.

 

Excerto 26 - Bruna - questionário aplicado em junho de 2012

 

Quando bem utilizada, tanto pelo professor quanto pelos alunos, é uma excelente ferramenta de trabalho.

 

Excerto 27 - Henrique – Questionário aplicado em junho de 2012

 

Acho que a internet está aí e veio para ficar; não há como fugir dela. Acredito, neste momento, que nossa maior preocupação como educadores é mostrar aos alunos qual a melhor maneira de usá-la, mostrar o caminho. Como todo tipo de tecnologia, há sempre um lado bom e ruim. Nossa tarefa é mostra o lado bom que a internet tem, ou seja, o que ela nos tem de bom para oferecer. E ela tem muitas coisas.

 

Excerto 28 - Adriana – Questionário aplicado em julho de 2012

 

Com a chegada das informações on line, o aluno na maioria das vezes não sabe utilizar de forma correta, sendo que na maior parte das vezes o mesmo não sabe o que pode ser útil e não útil.

 

Excerto 29 - Patrícia – Questionário aplicado em julho de 2012

 

Hoje o aluno vive na internet e isso pode ser bom ou ruim. Vai depender do tipo de sites que ele frequenta.

Excerto 30 - Ana – Questionário aplicado em Julho de 2012

Não muda muito, o critério de avaliar; trabalho pronúncia, explico e aplico atividades relacionadas.

Os professores Joice, Bruna, Adriana e Patrícia, acreditam que o uso da internet é bom desde que seja utilizado de forma correta, bem como sites apropriados, afirmaram também que cabe aos professores instruir o aluno, pois os mesmos não têm o discernimento de usar a internet para favorecê-los no aprendizado da língua inglesa. Porém, a professora Ana acredita que o uso da internet não mudaria muito a sua forma de avaliar e de ensinar a língua inglesa.

 

Acreditamos que com os recursos que a tecnologia oferece, as aulas podem ser mais atrativas, ainda mais se a escola oferece o mesmo sem restrições é claro. Cabe, então, aos professores usá-los e incentivar os alunos a ver com bons olhos e sabemos que não é tarefa fácil.

 

Alguns alunos são mais desenvolvidos, tem esses avanços tecnológicos até mesmo em suas casas, a questão é que tem sites apropriados, e também os que não são pertinentes, e nem educativos. O fato é que concordamos com os professores, que a tecnologia está se expandindo em todo o mundo, cada vez mais novos aparelhos como celulares, computadores, estão mais avançados, oferecendo mais serviços, como os smartfones, que está ao alcance de alguns de nossos alunos. Porém, existem professores que não acompanham a realidade, como a professora Ana que acredita que o uso da internet não mudaria muito em suas aulas. Que acredito que é uma afirmação infeliz por parte dela, pois como os outros professores disse, a internet é uma forte aliada para os professores uma ferramenta indispensável, para seu uso continuo em sala, e no melhor aprendizado do aluno, é claro que quando bem utilizado, e mediado de forma correta pelo professor.

 

Tão logo a pergunta seguinte refere se ao excesso de informações online disponíveis em sites/blogs de inglês possa contribuir para um “auto aprendizado” por parte do seu aluno.

 

Excerto 31 – Joice – questionário aplicado em junho de 2012

Acredito que o aluno dessa faixa etária ainda não tenha autonomia suficiente para buscar um “auto aprendizado”, embora seja capaz de assimilar muitas das informações recebidas. Penso que o professor ainda precisa fazer o papel de mediador entre o aluno e as informações presentes nos sites e blogs.

 

Excerto 32 - Bruna -questionário aplicado em junho de 2012

 

Pode contribuir sim, mais sempre vai ser necessário um professor presente também, afinal até mesmo nos sites de cursinhos online é preciso um professor para tirar algumas dúvidas.

 

Excerto 33 - Henrique – Questionário aplicado em junho de 2012

 

Depende, para aquele aluno que está começando acredito que esses blogs e sites podem até dificultar a aprendizagem. Ainda acredito que o pontapé inicial deverá sempre partir de um contato físico com o professor, mais direto e incisivo – por isso que escolas de idiomas ainda são as melhores no sentido de aprendizagem rápida e eficaz da língua estrangeira – já apara aquele alunos que está num nível mais avançado e já tem conhecimentos concretos das estruturas da língua, nesses casos sim esses sites podem ajudar e muito, assim como filmes, músicas e etc.

 

Excerto 34 – Adriana – Questionário aplicado em julho de 2012

 

Acredito que sim, sabendo utiliza-lo , trará bons resultados.

 

Excerto 35 - Patrícia – Questionário aplicado em julho de 2012

 

Não. Eles podem ser uma ajuda, mais tem que ser muito bom para aprender sozinho.

Excerto 36 - Ana – Questionário aplicado em Julho de 2012

Não. Pois depende muito do interesse do aluno, então são poucos que buscam auto aprendizado.

As professoras Joice, Bruna, e Adriana acreditam que é possível o aluno ter um auto aprendizado com sites e blogs que oferecem um ensino maior referente a língua inglesa, mas é necessário um professor mediando o aprendizado.

 

Porém o professor Henrique acredita que isso possa dificultar no aprendizado do aluno.

 

Já as professoras Patrícia e Ana, nos informaram que não há possibilidade de auto aprendizado fora do ambiente escolar, pois o aluno teria que ser muito bom, que sem a ajuda de um professor eles não conseguem, dependerá sempre do interesse do aluno, o qual a Ana acredita que são poucos.

 

Hoje em dia a internet está a serviço de todos, tem até curso de idiomas on line, sem acompanhamento de professores. Acreditamos que se usarem a internet para o ensino adequado, tem sim a possibilidade desses alunos aprenderem, ou melhorar seu desempenho na disciplina.

 

Dessa forma, na questão seguinte foi perguntado aos professores se quando os mesmos utilizam as informações online, sentem a necessidade de complementações em livros/obras de autores renomados, ou não.

 

Excerto 37 - Joice – questionário aplicado em junho de 2012

Sim, na maioria das vezes .

Excerto 38 - Bruna -questionário aplicado em junho de 2012

 

Acredito que ao passarem informações via online as pessoas responsáveis já devem ter procurado as devidas orientações, tendo em vista que hoje em dia não basta colocar qualquer coisa na internet e pronto. Penso que se o professor ou aluno souber procurar um site confiável não será necessário complementações. Basta saber onde você clica.

 

Excerto 39 - Henrique – Questionário aplicado em junho de 2012

 

Não, pois sempre busco aquilo que acho pertinente para o momento ou a aula em si. Se vejo que não esta concernente com a aula ou o conteúdo a ser passado não utilizo.

 

 

Excerto 40 – Adriana – Questionário aplicado em julho de 2012

 

Sim.

Excerto 41 - Patrícia – Questionário aplicado em julho de 2012

 

Sim. Uma atividade sempre depende da outra para surtir um efeito positivo se trabalhar usando somente uma ferramenta o trabalho poderá não sair tão bom.

Excerto 42 - Ana – Questionário aplicado em Julho de 2012

Sim se houvesse livros didáticos disponíveis e suficientes, com certeza facilitaria em muito para os educadores.

 

Observamos que os professores não dispensam outros materiais como, os livros. Alguns, no entanto, acreditam que se o material foi bem pesquisado e em sites confiáveis não necessita de outros autores.

 

Mas aqui vejo que a maioria dos entrevistados não se prende ao livro bem como aos materiais colhidos na internet. Ou seja, esses materiais são ferramentas de apoio, para o melhor aprendizado.

 

Vejo que a professora Ana, ainda continua acreditando que o livro didático é o melhor aliado dos professores.

 

Perguntamos aos professores se para os alunos das áreas periféricas, a utilização dessas ferramentas por parte do professor, alguma vez teve efeito negativo?

 

Excerto 43 - Joice – questionário aplicado em junho de 2012

A meu ver, o único ponto negativo é que na maioria dasvezes eles veem a internet apenas como um lugar de relacionamento (Orkut, Messenger, Facebook) e não de aprendizado, sendo muitas vezes árdua a tarefa de utilizar essas ferramentas como ferramentas pedagógicas.

 

Excerto 44 - Bruna - questionário aplicado em junho de 2012

 

Hoje em dia o acesso à rede online já está bem mais acessível, até mesmo na periferia, então acredito que essa ferramenta só tem a ajudar e não prejudicar.

 

Excerto 45 - Henrique – Questionário aplicado em junho de 2012

 

Não por que sempre uso os materiais online como complemento das aulas a serem ministradas.

 

Excerto 46- Adriana – Questionário aplicado em julho de 2012

 

Sim, pois muitas o aluno não tem acesso à internet.

 

Excerto 47 - Patrícia – Questionário aplicado em julho de 2012

 

Se foi o professor que usou não, pois ele sempre direciona para a atividade a ser trabalhada e isso só tende a ajudar na compreensão daqueles que não tem acesso a esse recurso em casa.

 

Excerto 48 - Ana – Questionário aplicado em Julho de 2012

Não, quando fazemos uso não importa se periférico, o desempenho é geral.

 

Aqui fica contradições entre os professores, percebemos que quando a internet é utilizada para o uso do professor na escolha das atividades, ela é bem vista, porém, quando está a dispor do aluno, podemos entender que o professores sentem um bloqueio, pois ao nosso ver, alunos de áreas periféricas não tem acesso a internet, porém observamos um engano por parte dos professores, pois hoje em dia a internet está a disposição, de nossos alunos, sejam eles de áreas periféricas ou não, todos tem acesso a internet, e se bem proposto pelos professores com certeza pode haver um bom retorno,  é claro que nossos alunos não tem a autonomia de utilizar para o seu aprendizado, por isso acreditamos aqui que o professor é o mediador para que aluno veja a internet e utilize a mesma, não só para adentrar a redes sociais, mas para seu aprendizado também.

 

4.3 Do Uso Efetivo das Tecnologias pelos Professores

 

Nesse subtítulo vamos verificar se os professores usam as tecnologias e que forma as utilizam.  Perguntamos primeiramente se a escola onde o professor disponibiliza sala/máquinas adequadas para trabalhar online com os alunos.

 

Excerto 49 - Joice – questionário aplicado em junho de 2012

 

Sim, embora não haja máquinas para todos os alunos.

Excerto 50 - Bruna -  questionário aplicado em junho de 2012

 

Como já disse o laboratório não tem aparelhos suficientes.

Excerto 51 - Henrique – Questionário aplicado em junho de 2012

 

Sim, temos smartboards e data-shows para esses fins.

 

Excerto 52 - Adriana – Questionário aplicado em julho de 2012

 

Sim.

 

Excerto 53 - Patrícia – Questionário aplicado em julho de 2012

 

Sim.

 

Excerto 54 - Ana – Questionário aplicado em Julho de 2012

Sim, tem laboratório de informática e computadores o suficiente para trabalhar online basta o professor querer.

 

Todos os professores forma unânimes em dizer que as escolas oferecem laboratório de informática, tanto os professores Joice, Bruna e Henrique que lecionam em escola particular, embora as professoras Joice e Bruna disse que não há máquinas o suficiente para a mesma trabalharem.

 

As professoras Adriana, Patrícia e Ana, as quais lecionam nas escolas estaduais, nos informaram que os laboratórios de informática, contribuem para as mesmas trabalharem. Sendo assim verificamos que o ensino particular nesse sentido deixou a desejar no que se refere a quantidade de máquinas disponíveis para os alunos usarem.

 

Em seguida indagamos aos professores: De que forma você costuma trabalhar essas informações/ideias colhidas online?

 

Excerto 55 - Joice – questionário aplicado em junho de 2012

Geralmente, ao planejar minhas aulas, seleciono os materiais online e levo cópias de atividades, vídeos, jogos para a sala de aula. Outras vezes, quando as atividades só podem ser feitas online, levo as turmas para o laboratório onde trabalham em duplas sob minha orientação.

 

Excerto 56- Henrique – Questionário aplicado em junho de 2012

 

Sempre analisando as necessidades do meu aluno. Por isso tento captar quais são as necessidades mais urgentes deles. Para um aluno de uma escola regular do ensino médio sua vontade mais básica é o Enem ou vestibular, já para um aluno de escola de idiomas há a vontade muito forte de se comunicar de maneira oral. Nesse sentido tento adequar minhas aulas de acordo com a função a ser atingida.

 

Excerto 57 - Adriana – Questionário aplicado em julho de 2012

 

Costumo fazer um apanhado geral , de maneira a confrontar informações , para que os alunos possam entender que algumas informações não são uteis para o seu aprendizado.

 

Excerto 58 - Patrícia – Questionário aplicado em julho de 2012

 

Depende da aula de do conteúdo que quero focar.

 

Excerto 59 – Ana – Questionário aplicado em Julho de 2012

 

Trabalho com atividades impressa, vídeos, áudio.

 

Os professores no geral sempre procuram otimizar suas aulas, usando os recursos de mídia, ao final desse questionário até mesmo a professora Ana que inicialmente disse que utilizava muito os recursos midiáticos aqui nas expos nessa questão que ela procura adequar suas aulas com atividades colhidas da internet, vídeos bem como áudios.

 

Ao nosso ver, é sempre importante atender as necessidades dos alunos, não somente aplicar conteúdos, sem finalidades, o aluno também aprende com o lúdico.

 

Na sequência perguntamos O que ou no que você pensa quando está colhendo esses materiais de língua inglesa para suas aulas

 

Excerto 60 - Joice – questionário aplicado em junho de 2012

 

Penso na aceitação/motivação/envolvimento da turma com determinada atividade, em quais aspectos da língua serão trabalhados, no desenvolvimento das quatro habilidades e na acessibilidade da atividade para o nível daquela turma.

 

Excerto 61 - Bruna -questionário aplicado em junho de 2012

 

Num melhor entendimento e aprendizado por parte dos alunos.

 

Excerto 62 - Henrique – Questionário aplicado em junho de 2012

 

No meu aluno sempre em primeiro lugar.

 

Excerto 63 - Adriana – Questionário aplicado em julho de 2012

 

Penso na realização de uma aula mais dinâmica e produtiva , para que os alunospeguem gosto pela língua estrangeira.

 

Excerto 64 - Patrícia – Questionário aplicado em julho de 2012

 

No objetivo da minha aula.

Excerto 65 - Ana – Questionário aplicado em Julho de 2012

Tornar as aulas dinâmicas e prender a atenção do aluno.

 

Nessa análise que fizemos percebemos que os professores procuram melhorar suas aulas, para que os alunos possam ter melhor desempenho. E os recursos que a mídia oferece só tem a contribuir para o desenvolvimento das mesmas.

 

Mesmo alguns professores que relutam contra a tecnologia, o jeito é optar por esses avanços, pois a tendência é ficar cada vez mais abrangente o ensino de língua estrangeira para com a tecnologia, as duas andam entrelaçadas, até por que é na internet, na televisão que vemos propagandas em massa de cursos de idiomas, bem como a importância da mesma.

 

CONCLUSÃO

 

Um problema enfrentado pela sala de aula, em particular, e pela escola, em geral é a questão da aprendizagem por parte dos alunos. A escola tem um objetivo primordial, que é o de formar cidadãos aptos para enfrentarem o mundo que os aguardam, cheio de pressões e cobranças. Ou estamos preparados para vencer todos os desafios que surgem diariamente á nossa frente, ou somos reduzidos a nada.

 

Como vivemos em um mundo globalizado e pelo rumo que as coisas estão tomando, não tem como fugir da necessidade de um bom preparo intelectual, mas isso, só se consegue com o estudo. E nesse momento a escola e o professor têm o papel fundamental na formação de indivíduos  aptos para o enfrentamento de todo esse turbilhão de exigências do mundo atual, pois estes são os formadores dos alunos e precisam oferecer a eles não somente um ensino, mais um ensino de qualidade e prepara-los para as exigências que a sociedade lhes impõem, dando condições para que esse sujeito seja incluso nas oportunidades que surgem a sua frente além de vir a ser um participante ativo em uma sociedade tão complexa como a dos dias de hoje que cobra uma aprendizagem autônoma e contínua ao longo de toda uma vida.

 

E é diante do exposto, que se têm feito várias reflexões, sobretudo para a prática do professor em sala de aula e de como esse, tem preparado o seu aluno para o mundo durante a ministração de suas aulas.

 

Vivenciamos um período de grandes competições e a escola não tem como fugir do seu papel de formação de estudantes preparados para conviver com todas essas tecnologias.

 

Nesse contexto a prática pedagógica do professor tem que ser excelente por excelência. Ele tem que compreender que o processo educacional, enquanto uma prática social não se dá por si só, mas tem relações com outras práticas e é preciso levar em consideração as grandes diferenças que existem entre indivíduos e classes, pois temos dentro da sala de aula uma diversidade cultural muito grande, portanto, cabe ao professor buscar essa realidade, trazê-la para a sala de aula e trabalhá-la em conjunto com a escola.

 

Olhando o ensino de modo geral, principalmente o ensino de Língua Estrangeira, é visível como há certa resistência por parte dos alunos em relação ao aprendizado da LE nas escolas públicas. Muitos nem mesmo têm consciência da importância de se aprender outra língua nos dias de hoje e isso nos leva a conclusão da defasagem que tem o ensino sem consciência. É papel de o professor conscientizar o aluno do quanto é importante o aprendizado de outra língua porque se ele não faz isso, o aluno nunca terá interesse devido para esse aprendizado e então, nesse ponto, a sociedade é quem perde.

 

Outra coisa bastante preocupante é a falta de suporte que a escola tem, principalmente para o ensino de outra língua e isso é o que acarreta um ensino sem qualidade. A sociedade brasileira demanda uma educação de qualidade, porém, as escolas públicas de nossos pais não têm suporte para isso. A escola não tem estruturas adequadas e não oferece, tanto aos professores quanto ao aluno, um padrão de qualidade do qual este necessita para o seu trabalho na sala de aula.

 

É por isso que é fundamental que o professor esteja permanentemente preparado para exercer a função de integrador, usando recursos tecnológicos diferenciados e dinâmicos para chamar a atenção de seus alunos e envolvê-los em suas aulas.

 

E preciso fugir do tradicional e buscar práticas inovadoras que lhe deem subsídios para sedimentar sua prática docente. Caso o professor não os tenha, o seu fazer metodológico torna-se improdutivo, muitas vezes substituído pelo fazer imposto pelo livro didático, ou de qualquer outro material que o torna a vez e lhe dita às regras e as normas a serem seguidas. Nesse caso, esse professor passa a ser somente um repetidor de informações que nem sempre são tão importantes.

 

Por fim acreditamos que o ensino é um dos mais poderosos meios de transformação da sociedade. O fenômeno educativo á capaz de abrir horizontes e definir o caráter de uma sociedade, e neste contexto é que entra os professores a escola, e os recursos oferecidos pela tecnologia.

 

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Para fazer citação a este trabalho utilize a bibliografia abaixo:
SOUZA, Liliane Oliveira. O uso de recursos tecnológicos no ensino aprendizagem de Língua Inglesa. Revista Científica Cognitio, on-line, Mato Grosso, V. 01, N. 01, Dez. 2015. <http://aces4r.wix.com/revistacientifica#!blank/p2ixy>. Data de acesso:

 

 

 

[1] Informações retiradas do site: http://www.solinguainglesa.com.br/conteudo/ingmundo1.php. Acesso em: 21/09/2012 às 19h24min.

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